Entenda o que são finanças comportamentais e como elas podem te ajudar

O conceito de finanças comportamentais

A ideia central é lançar um olhar para as razões que levam as pessoas à tomada de decisão sobre como gastar o próprio dinheiro. Tudo isso é analisado levando-se em conta as teorias psicológicas das percepções (cognição) e dos comportamentos (behaviorismo) no ambiente econômico e pessoal.

Alguns elementos-chave das finanças comportamentais

Para entender melhor, veja algumas das principais ideias sobre o comportamento financeiro das pessoas:

Contabilidade Mental

É a tendência que o indivíduo tem de separar o dinheiro de acordo com determinado propósito, em caixinhas de categorias de gastos. Por exemplo, se chegando ao cinema você perdesse o seu ingresso que custou R$ 30, provavelmente você não compraria outro porque mentalmente estaria pensando que o ingresso lhe custaria R$ 60 (o dobro), um custo elevado para o seu planejamento de lazer daquele dia. Já se você tivesse R$ 60 na carteira e, ao chegar ao cinema, percebesse que perdeu R$ 30, compraria o ingresso porque não coloca a perda na contabilidade de lazer.

Comportamento de manada

Todo mundo está vendendo as ações da Petrobrás? Então é melhor eu vender as minhas também. Todo mundo está comprando as ações da Petrobrás? Preciso comprar agora mesmo! quando nos deparamos com este tipo de comportamento significa que o efeito comportamental é o de rebanho: as pessoas tendem a seguir a decisão da massa sem analisar os motivos.

Acima da média

A maiorias das pessoas acredita estar acima da média quando o assunto é inteligência. Um investidor pode acreditar que é um gênio quando sua escolha rende muito, mas se houver perdas, o mesmo investidor tende a culpar o mercado e não às suas escolhas.

A diferença entre perdas e ganhos

Você pode fazer esta experiência com os amigos. Ofereça a seguinte escolha: R$ 50 garantidos no bolso ou a chance de ganhar R$ 100 no cara ou coroa. A maioria escolherá o dinheiro garantido.

Agora ofereça uma perda certa de R$ 50 ou R$ 100 em perdas, mas com a chance de não perder nada jogando a moeda e contando com a sorte. As pessoas tendem a apelar para a sorte em busca de evitar a despesa.

Repare que as chances de ganhar ou perder continuam as mesmas: uma chance em duas. Resumindo: nós vemos a possibilidade de recuperar o dinheiro perdido mais importante do que ter um ganho superior.

Ok, eu entendi. Mas como isso pode me ajudar?

Agora que sabemos como a nossa cabeça funciona, como os padrões se repetem de forma a prever o comportamento dos clientes, investidores e empreendedores, podemos tomar decisões mais racionais. Não somos obrigados a seguir o rebanho — isso é libertador e… lucrativo.

As Finanças comportamentais não oferecem a fórmula do sucesso, mas explicam porque às vezes nos desviamos da racionalidade quando estamos lidando com dinheiro. Também pode ajudar você a perceber quais motivações estão por trás das suas escolhas, corrigir seus erros de raciocínio e, dessa forma, evitar erros que possam levar a uma crise financeira. E o melhor, aumentar suas chances de sucesso no longo prazo.

O que motiva as suas escolhas financeiras?

Fonte: Guia bolso